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sábado, 3 de setembro de 2011

Presidente da ADUERN diz que categoria está disposta a encerrar o movimento grevista que já dura mais de 90 dias

"Estamos dispostos a encerrar o movimento". A afirmação é do presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Aduern), professor Flaubert Torquato, referindo-se à greve da instituição que já dura mais de 90 dias.
De acordo com Flaubert Torquato, a categoria espera que na próxima semana os docentes e o governo do Estado possam chegar a um acordo, através de uma audiência de conciliação, promovida pelo Tribunal de Justiça do RN (TJRN). "Esperamos que uma audiência de conciliação aconteça na próxima semana e que ela seja a saída para o fim da greve", diz.
Flaubert revela ainda que a Associação ainda não foi notificada oficialmente sobre o pedido de explicações feito pelo TJRN, que pretende ouvir inicialmente as partes, para só depois definir pela ilegalidade ou não do movimento paredista. "Estamos aguardando a notificação, para que possamos nos organizar e irmos a Natal", conta.
Segundo Flaubert Torquato, a categoria não esperava que a greve se estendesse por tanto tempo. "Não esperávamos que o movimento fosse tão longe, mas isso se deve ao comportamento do governo durante o processo de negociação. O Estado só apresentou uma proposta concreta após 70 dias de greve. O governo apostou que iríamos ceder com o seu silêncio, mas apostou errado", revela o professor, acrescentando: "Eles encontraram uma categoria organizada, mobilizada, que não abre mão de princípios importantes".
Caso o TJ decida pela ilegalidade do movimento, os docentes da Uern retornarão imediatamente às salas de aula. "Não temos outra alternativa se não encerrar a greve. Ninguém vai afrontar a Justiça e não queremos que a paralisação demore mais, gerando ainda mais prejuízos a todos", enfatiza Flaubert Torquato.
Questionado sobre o fato de ter sido a própria Universidade a pedir a ilegalidade da greve, o presidente da Aduern afirma que a decisão partiu do governo do Estado, sem que a Uern fosse avisada sobre a decisão. "Esse é mais um fato estranho que aconteceu no decorrer do movimento. O reitor Milton Marques não concedeu essa autorizou. O Estado passou por cima da Uern, atacando a autonomia da instituição", conclui.

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