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domingo, 18 de setembro de 2011

Título não há



Em teu sumiço não houve sangue.
Em tua despedida não houve perdões.
Em teu abraço não houve carinho.
Em teu último sorriso não pude sorrir contigo.

Tento ser forte a todo
E cada amanhecer.
Calei-me, escrevi, percebi
Que meu espelho não me enfrenta mais.

E esta curva da estrada que é a morte,
Que não pode ser vista,
Sentida, tocada.
Muito menos contestada.

Essas aí não são suas mãos,
São as minhas.
E seguras, minhas mãos buscam se impor
Após este salto terrível no escuro que tu deste.

Sustenta-me, querida utopia.
Para que eu nunca acorde
Para que eu não assista novamente
A novela que é a vida,
A novela que é a solidão.

Autor: Guilherme Pimentel

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